Título: A Escolha
Autor: Kiera Cass
Número de páginas: 352
Editora: Seguinte
Classificação: ✭✭✭✭✭
Sinopse: A Seleção mudou a vida de trinta e cinco meninas para sempre. E agora, chegou a hora de uma ser escolhida. America nunca sonhou que iria encontrar-se em qualquer lugar perto da coroa ou do coração do Príncipe Maxon. Mas à medida que a competição se aproxima de seu final e as ameaças de fora das paredes do palácio se tornam mais perigosas, América percebe o quanto ela tem a perder e quanto ela terá que lutar para o futuro que ela quer. Desde a primeira página da seleção, este best-seller #1 do New York Times capturou os corações dos leitores e os levou em uma viagem cativante ... Agora, em A Escolha, Kiera Cass oferece uma conclusão satisfatória e inesquecível, que vai manter os leitores suspirando sobre este eletrizante conto de fadas muito depois da última página é virada.
Aviso: Por se tratar de uma continuação de uma série, esta resenha contém spoilers dos livros anteriores.
Não é nenhuma novidade que A Seleção é das séries de livros que eu mais amo, e não é à toa, já que no primeiro livro Kiera Cass consegue prender por completo a atenção do leitor fazendo. A Escolha teve um desfecho maravilhoso, apesar de algumas falhas (falarei sobre mais a frente), eu simplesmente amei.
Kiera ousou mais neste último livro, que diferente dos anteriores, não tinha a distopia apenas como pano de fundo para a história, em A Escolha o cenário distópico é mais evidente: os rebeldes do sul se tornaram mais agressivos, entendemos melhor a diferença entre os rebeldes sulistas e nortistas, quais são os ideais de cada grupo. Fora que os personagens estão mais maduros, claro que houveram momentos em que eu me irritei com Maxon ou com America, mas de modo geral boa parte dos personagens evoluíram bastante neste ultimo livro. America continua impulsiva, cometendo erros que deixam o Rei Clarkson - que a odeia, diga-se de passagem - extremamente irritado.
"- Parecia uma boa ideia – respondi com uma careta.
- America, sua cabeça está cheia de más ideias. Ótimas intenções, péssimas ideias- ela comentou, compreensiva."
Os rebeldes do sul passam a atacar as pessoas das castas das candidatas que restaram na Seleção, no intuito de forçá-las a abandonar a disputa ou de o Príncipe antecipar sua escolha, como seria muito provável que a competição continuaria o povo acabaria se voltando contra o governo e a rebelião ganharia mais força. Maxon e America acabam fazendo uma aliança muito improvável, e sem o consentimento do Rei para tentar proteger o povo. E desta forma vemos os protagonistas participarem das questões políticas do país.
"… Imagine o que meu pai faria se descobrisse uma ligação entre nós."
Quanto a escolha para princesa, desde o primeiro livro, quando America ganha sem querer o coração do Príncipe, sabemos que ela será a escolhida. Mesmo com todos os contratempos, brigas, era notável que o fim indicava isto. Mas, neste livro, muita coisa acontece. A princípio, parecia que o único problema era America decidir entre Maxon e Aspen, e saber de fato o que sentia, mas agora que tinha certeza, porque que as coisas não eram mais simples?
Sobre as falhas: na resenha de A Elite eu falei de como eu gostaria de entender melhor a sociedade e os rebeldes, a questão do rebeldes foi atendida, Kiera soube definir bem os objetivos de cada grupo, a história por trás dos rebeldes nortistas. Já quanto a sociedade, acho que a questão do sistema de castas deveria ser mais explorado, já que existia planos de acabar com as divisão por castas. O final foi muito corrido, houveram algumas mortes, e não houve tempo para lidar com o luto. Alguns podem discordar de mim, mas não gostei da forma como a autora resolveu o conflito entre o Rei Clarkson e America, a forma como ela encerrou, passou a impressão de que ela (a autora) não soube como lidar e resolveu da forma mais fácil.
Apesar das falhas, eu simplesmente amei o livro, tudo nele é mais intenso, os pormenores dá pra relevar, a escrita leve e descontraída de Kiera torna a leitura muito agradável, fazendo com que o leitor não desgrude do livro. Não preciso nem dizer que é o meu favorito da trilogia.
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